Os afastamentos por transtornos de saúde mental aumentaram significativamente em 2023, conforme dados do Ministério da Previdência Social que revelam a concessão de 288.865 benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais. Este crescimento reflete uma crescente preocupação com a saúde emocional dos colaboradores, destacando a urgência de abordagens mais eficazes no ambiente de trabalho para enfrentar essas questões.
Organizações que priorizam estratégias eficazes de saúde mental melhoram o bem-estar de seus funcionários, reduzem o absenteísmo, aumentam a produtividade e fortalecem o engajamento das equipes. Investir na segurança psicológica no local de trabalho e compreender os fatores que contribuem para o adoecimento são passos fundamentais para as empresas. Isso pode envolver desde programas educativos até o desenvolvimento de líderes capacitados para lidar com questões emocionais e a disponibilização de recursos como psicoterapia. A personalização dessas iniciativas de acordo com as particularidades de cada cultura organizacional é crucial para promover mudanças positivas e sustentáveis.
Diante desse cenário desafiador, adaptar políticas e práticas que atendam às necessidades emocionais dos colaboradores não apenas melhora o clima organizacional, mas também contribui significativamente para a saúde mental a longo prazo. Empresas que adotam uma abordagem proativa estão mais bem preparadas para enfrentar os desafios contemporâneos e posicionam-se como líderes na promoção de um ambiente de trabalho saudável e acolhedor, essencial para o sucesso individual e coletivo.
Gerenciando Emoções: O Papel do Autoconhecimento
Tão essencial quanto o desenvolvimento técnico para liderança de alto desempenho é a habilidade de gerenciar emoções. Ao reconhecer e entender nossos próprios sentimentos, assim como os dos outros, fortalecemos competências fundamentais como empatia e resiliência. Estas são essenciais para o trabalho em equipe e para a tomada de decisões assertivas.
O autoconhecimento desempenha um papel central nesse processo. Ele nos capacita a descobrir nossas qualidades, aptidões e áreas de melhoria, tanto em nossa vida pessoal quanto profissional. É preciso estar ciente de como nossas emoções impactam nossa vida e desempenho no trabalho. Sentimentos como raiva, ansiedade, medo, alegria, tristeza ou depressão são naturais e não devem ser ignorados. Tentar reprimi-los pode levar a sofrimento emocional.
Por exemplo, a raiva pode ser uma fonte de energia que impulsiona a superação de desafios. A tristeza proporciona oportunidades para reflexão sobre prioridades e fraquezas, enquanto a depressão pode ser desencadeada por fatores psicossociais ou biológicos, exigindo uma abordagem diferenciada e apoio profissional.
No ambiente profissional, enfrentamos diversos medos, como falar em público ou mudanças de carreira, frequentemente acompanhados de ansiedade. Quando essa ansiedade se torna paralisante, pode evoluir para um transtorno que prejudica nossa capacidade de realizar tarefas.
O autoconhecimento não busca suprimir emoções, mas sim cultivar um equilíbrio emocional saudável. Priorizando nosso bem-estar emocional e mental, ganhamos controle sobre nossas reações e aumentamos a segurança em nossas ações.
Práticas para Desenvolver o Autoconhecimento
Líderes e gestores que valorizam o autoconhecimento são capazes de identificar as potencialidades únicas de suas equipes, promovendo um ambiente de trabalho baseado em confiança e proximidade. Aqui estão algumas práticas simples para começar:
Em um ambiente competitivo e dinâmico, líderes e equipes que praticam o autocontrole emocional e promovem relações interpessoais equilibradas posicionam suas empresas na vanguarda da inovação, criatividade e cultura organizacional humanizada.