Surf de Santa Catarina marca presença nos Jogos Olímpicos

Os representantes são Luli Pereira e Luiz Dantas, como juízes, e Teco Padaratz, como chefe da equipe do Brasil

Por Notícias em Pauta em 24/07/2024 às 14:53:26

Luli Pereira será o juiz chefe nos Jogos. Foto: WSL


A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris será nesta sexta-feira (26), às 14h30 (horário de Brasília), mas uma das modalidades mais esperadas será disputada a mais de 15 mil quilômetros da capital francesa - em Teahupoo, no Taiti. O Brasil atualmente é o principal país do surf mundial, com 7 dos últimos 10 títulos mundiais.

No Time Brasil há tês nomes catarinenses: Luli Pereira (como chefe dos juízes), Luis Dantas (juíz) e Flavio "Teco" Padaratz, como chefe da delegação da equipe de surf.

Ex-surfista profissional, Teco é atualmente o presidente da Confederação Brasileira de Surfe (CBSurf) e está confiante no surfe brasileiro. "O Brasil é uma baita esperança de medalha nas Olimpíadas. Já mandamos bem na última com ouro e agora temos o Gabriel Medina como grande favorito. Todo mundo sabe disso. O surf é uma grande chance de trazer medalha pro Time Brasil", diz.

O presidente da CBSurf acredita que o Brasil descobriu um novo esporte para vibrar e fala sobre a visibilidade que os Jogos trazem para o surf. "Temos tudo pra ganhar mais fãs com os Jogos Olímpicos! As Olimpíadas deram um status e um público novo pro surf. Antes, éramos meio distantes da grande sociedade, ainda muito segmentados. Agora, com as Olimpíadas, ficamos mais amplos. O surfe é reconhecido em várias esferas hoje em dia", acrescenta Teco, que começou a surfar em Balneário Camboriú e se mudou para Florianópolis em 1987. Teco competiu no Circuito Mundial entre 1988 e 2003 e foi 8º do mundo em 1994.

De Balneário Camboriú, Luli Pereira embarcou para o Tahiti para participar pela segunda vez dos jogos olímpicos. Em Tóquio, fez parte do quadro de juízes internacionais e agora vai na função de head judge (ou juiz chefe). "Desde outubro de 2023 assumi como diretor técnico e head judge d? World Surf League, e sinto-me confiante para gerir os trabalhos referentes ao julgamento da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. "É uma honra e um privilégio ter meu trabalho reconhecido e poder estar presente nesses momentos tão especiais na história do surf.

Ele explica como funciona. "O quadro de julgamento é composto por dois head judges, eu e Rich Pierce dos USA, sete juízes que atuam num sistema de revezamento e são os responsáveis por aferir notas para as ondas surfadas durante as disputas", explica o profissional que, assim como Teco, também foi surfista profissional nos anos 1990, sendo campeão estadual em 1997.

Luli acredita no julgamento. "Temos um bom sistema de replay e acesso à dois ângulos de imagem para auxiliar na avaliação e comparação das performances. Santa Catarina e Balneário Camboriú sempre tiveram ótimos representantes na parte do julgamento do circuito mundial e fico muito orgulhoso de estar vivendo isso. Agradeço minha família e minha companheira Manuela pelo apoio incondicional sempre", completa Luli.

Luiz Antônio Dantas, do Rio Tavares, em Florianópolis, também é juiz da WSL e também será juiz nas Olimpíadas. Outro juiz brasileiro é o gaúcho Marcel Miranda, de Torres. Os juízes são da França, Espanha, Japão, USA, Austrália, Nova Zelândia e do Brasil.

A representação catarinense nos jogos é comemorada por dirigentes do estado. O presidente da Associação de Surf de Balneário Camboriú, Hamilton Costa, comenta que Luli está desde o final dos anos 80 representando o surf de Balneário Camboriú e que ver ele e Teco, uma referência no surf nacional, é motivo de grande orgulho e alegria. "É uma honra os ter como representantes da nossa cidade dentro do cenário do surf, agora surf olímpico, que é um degrau ainda maior, que todo atleta sonha em participar", afirma Tim, como é chamado.


- Com informações de Renata Rutes e edição de Ricardo Macuco.

Fonte: Renata Rutes

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