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Justiça

Caso VR Brasil: cotistas assinam abaixo-assinado para recuperação judicial


Márcio Ramos faleceu em 2024 e agravou a crise na VR, empresa do qual era CEO. Foto: VR Brasil.

Cotistas da VR Brasil Patrimonial se uniram em prol da recuperação judicial da empresa para reaver o dinheiro investido.

O movimento visa reunir todos os credores – de Santa Catarina, diversos estados do Brasil e até de outros países – com interesse em dar início ao processo de recuperação judicial da empresa através de um documento online, disponível para cotistas assinarem.

O documento conta com os dados de cada credor e valor investido. O objetivo é demonstrar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário a intenção no processamento da RJ, um dos caminhos para a restituição dos valores.

A morte do CEO Márcio Ramos, em maio de 2024, agravou a crise financeira que a VR Brasil, sediada em São José, enfrentava desde o início de 2024. Com isso, deixou de cumprir os compromissos financeiros mensais com os cotistas. Segundo o grupo, o próprio Márcio tinha intenção de entrar com a recuperação judicial.

Um dos negócios da VR Brasil era a captação de valores de particulares, onde adquiria imóveis na planta na Grande Florianópolis e no litoral norte de Santa Catarina ou mesmo antes do lançamento, fracionando em forma de cotas correspondentes ao valor investido. Com isso, vendia antes da entrega das chaves.

Com o lucro da valorização do mercado imobiliário do litoral catarinense, a empresa pagava dividendos aos investidores. Os percentuais variavam conforme valor investido e o tempo de duração do contrato.

Em apenas 10 dias, o grupo de cotistas – formado por Everton Pedro Camilo, Itamar Mistura, Laércio Santos, entre outros – ao entrar em contato com 1.300 cotistas conseguiram adesão de mais de 1.100 assinaturas.

O grupo está entrando em contato com todos, um por um, e apresentando o movimento. "Porém a dificuldade de identificar os cotistas é ainda grande, pois no grupo do telegram, apesar de existirem mais de 1800 contatos, muitos são advogados ou familiares de cotistas e não necessariamente quem tem o contrato de investimento", informou Everton Camilo. Esperam maior adesão ao movimento.

Com a adesão dos cotistas para a recuperação judicial da empresa, o movimento espera que a justiça conceda o deferimento do processamento para recuperar os valores investidos.

Segundo o grupo, a VR Brasil possui ainda alguns imóveis e dois empreendimentos que precisam ser finalizados, porém somente com autorização judicial será possível. Com o valor das vendas, os cotistas poderão ter seus valores restituídos.

Em reunião no MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o procurador de justiça responsável pelo parecer do recurso da RJ para a VR Brasil, salientou que a documentação inicial necessária para início do processo precisa estar completa para cumprir os requisitos legais necessários.

O procurador salientou que a empresa precisa demonstrar a retomada de atividades e esclarecer sua contabilidade com transparência com a devida documentação.

Há ainda aberta investigação criminal para apurar se sócios, sócios ocultos, gerentes e agentes da VR Brasil obtiveram valores indevidamente. A investigação está a cargo da Polícia Civil e, em outra esfera, tramita inquérito civil para formação de uma possível ação civil pública a cargo do MP, que investiga ocultação de bens e valores. Estas medidas são apoiadas integralmente pelos cotistas que já assinam o documento.

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